UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO: DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS PARA A MATEMÁTICA

Resumo

Em decorrência dos projetos de pesquisa Recontextualizar as Ciências e a Contação de Histórias para os Processos de Ensino e de Aprendizagem da Educação Básica à Formação de Professor à nível Internacional e o projeto Biblioteca viva: um espaço de apoio ao processo de ensino e, se propôs aos alunos de um, 5o ano e um 2o ano do Ensino Fundamental de uma escola pública estadual de Porto Alegre, a trabalhar com o livro “Os sete camundongos cegos”, cujo autor é Ed Young, livro que faz parte do Programa Nacional da Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). O objetivo do livro é voltado para a contação de histórias em sala de aula, de modo a desenvolver uma sequência didática com a história que fizesse uma integração abrangendo o maior número de componentes curriculares, levando em consideração a moral do livro “Saber em partes da uma ótima história, mas o conhecimento vem de saber o todo”. Este trabalho vai relatar a sequência desenvolvida no 5o ano devido ao seu escopo. Primeiramente a docente deste ano iniciou com a contação da história, utilizando somente a entonação de voz, o suspense e o gestual. Após a leitura os alunos foram desafiados a utilizar nas disciplinas a moral do livro “o saber em partes para o todo”. Na disciplina de matemática foi utilizado o conteúdo da geometria e sua classificação de região plana, planificação, sólidos geométricos, tangram e simetria. Os alunos construíram as figuras geométricas de forma concreta, após um aluno de cada vez, com os olhos vendados (tendo uma pequena experiência de uma pessoa com baixa visão passa), utilizando somente o tato e ouvindo as informações da docente, para separar as figuras em poliedros e corpos redondos. Foi utilizado um áudio da história dos Sete Camundongos cegos, que foi gravado pela docente do 2o ano e colega no grupo de pesquisa com o auxílio de seu filho. Ela gravou a voz dos camundongos distorcida. Este áudio foi utilizado em duas versões da peças de teatro no 5o ano, a saber: uma onde os alunos encenaram, dando vida aos personagens e suas características de acordo com a história, utilizando o Tangram, que de um lado era a peça representando a figura plana e de outro o objeto observado pelo camundongo, formando assim o elefante representado pelas partes do Tangram - E a outra forma de representação teatral, foi com a construção de um cenário de floresta utilizando as figuras planas e sólidos geométricos. O elefante e os camundongos são as peças de Tangram apoiadas em palitos. Nas duas versões de apresentação os alunos foram separados em dois grupos, um grupo correspondia às peças do Tangram que formavam o elefante e o outro grupo os camundongos. Nestas todas as atividades anteriores os alunos superaram as expectativas. Isto se justifica, pois houve mais interesse dos alunos, participação ativa individual e no grupo. Mesmo que a história já estava pronta, cada aluno colocou seus sentimentos e emoções livres e espontâneos na encenação, o que nos proporcionou momentos de descontração, compartilhamento de ideias e criatividade que auxiliaram e melhoraram a atuação, refletindo no desempenho escolar dos alunos em sala de aula.

Palavra-chave: Aprendizagem, Leitura, Práticas Pedagógicas.