CAMPOS DE EXPERIÊNCIA OU AS EXPERIÊNCIAS NO CAMPO?

Natalia Agnes de Araujo Almeida, Ane Patrícia de Mira

Resumo


Objetivo: Integrar os Campos de Experiência na sistematização de conceitos a partir da música e das artes visuais: Números, grafismo, pensamento lógico, relações da vida com o meio ambiente, consciência corporal e escrita. Duração do Projeto: 6 meses Público Alvo: Educação Infantil (Creche IV, Pré I e II) Descrição do projeto: A Educação Infantil, primeiro nível de ensino da educação básica, passou de um espaço-tempo de só cuidado para um espaço pedagógico. A constituição da prática na Educação Infantil vem sendo alvo de estudos nos últimos anos, enfatizando assim a especificidade da ação a ser desenvolvida. Se a Educação Infantil requer a elaboração de uma ação específica, a Educação Infantil do Campo reitera a necessidade de uma ação mais específica ainda e permanente; ao considerar o tempo, a tessitura e a dimensão das experiências infantis na dinâmica da vida no campo e/ou em contextos muito específicos. Este trabalho desenvolveu-se a partir da apreciação de quadros artísticos, de pintores nacionais e internacionais, interligando-se com a presença da música no cotidiano da Educação Infantil, em duas turmas de Pré-Escola e em uma de Creche IV. A escola alvo localiza-se na zona rural de uma cidade do estado do Rio de Janeiro. Durante a rotina, as crianças entravam em contato com a obra e com a história do pintor escolhido para a semana, e realizavam registros com fins curriculares e de desenvolvimento de habilidades cognitivas específicas. Já a música, estimulava a consciência corporal, o desenvolvimento de competências como cooperação e respeito e à motricidade grossa. As escolhas das obras ocorreram analisando o cotidiano das crianças e as suas experiências na comunidade onde vivem. Desse modo, o exposto na obra vinha ao encontro das vivências e/ou provocavam a memória de relações estabelecidas entre a concretude de suas vidas com o exposto na obra. A partir da reprodução artística, o fazer dos pequenos proporcionava a estes experienciar o próprio processo de aprendizagem. Todas as atividades registros eram feitas pelas crianças com a mediação da professora. Logo, cada desenho, colagem, escolha de materiais e pingos de tinta partiam da escolha, da vontade e da lógica das crianças que se tornavam autoras dos registros e do próprio percurso de aprendizagem. Resultados Obtidos: Ao longo do ano, através do desenvolvimento de uma série de atividades, foi possível acompanhar e estimular o desenvolvimento integral das crianças: ou seja, as várias dimensões constituintes do ser humano como a oralidade, a interação, a cooperação, a solidariedade e ainda conceitos específicos como movimentos de pinça, reconhecimento de formas e diferenciação de elementos e seus atributos (grande, pequeno, pesado, leve etc.) que começaram a ser sistematizados. Com a realização da prática proposta, foi possível observar o avanço das crianças durante o dia a dia na rotina das turmas. Aspectos importantes na vida de qualquer ser humano começaram a ser exercitados e demonstrados nas interações que ocorriam com os colegas, com os funcionários da escola durante as brincadeiras e no cotidiano da vida na Educação Infantil.

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